quarta-feira, 21 de maio de 2008

Primeira Igreja Fundada Pela Família Real

Voce conhece a historia da primeira Igreja fundada após a chegada da família real? Nao? Entao aqui vai uma copia da internet pra voce se informar :

Pelo decreto régio de 13.06.1808, o Príncipe Regente D. João VI mandava desapropriar o engenho e as terras da Lagoa Rodrigo de Freitas, incorporando-os aos bens da Coroa, o que foi efetivado pelos avisos de números 2/6 e 6/11/1808. Nesta época, recebeu D. João VI uma petição dos moradores da Lagoa e Botafogo requisitando a criação de uma Freguesia própria, desvinculando-os da de São José, na cidade.

Em 21.04.1809, consultada a Mesa de Consciência e Ordens sobre a questão, expediu-se a 3 de maio seguinte a Resolução nº 10 criando a Freguesia de São João Batista da Lagoa, com sede provisória na Capelinha de N. S. da Conceição até que se erigisse uma Matriz definitiva. O alvará de criação da Freguesia é expedido a 12.05.1809, no mesmo dia em que é designado por uma carta régia o primeiro pároco colado da nova Freguesia, o Reverendo Manuel Gomes Souto, cuja provisão, entretanto, só foi confirmada a 31 de julho.

Finalmente, depois de tanta burocracia, por um Edital do Bispo em 1º de agosto é executado o alvará, tendo o vigário tomado posse no dia 6 seguinte.
A Capela de N. S. da Conceição, construída no engenho de mesma denominação próximo à Lagoa Rodrigo de Freitas, era uma vetusta construção rural erguida antes de 1732, pequena, sem louvores de arte, dotada de um mini-campanário e alpendre fronteiriço, típica capela familiar, mas pouco prática como Matriz Paroquial. Como não bastasse, situava-se em lugar ermo, longe dos fiéis, sendo recebida pelo Pe. Souto necessitando de reparos, tornou-se desde cedo imperiosa a sua mudança para sítio mais conveniente.

Em 1824, tentou-se comprar um terreno em Botafogo a fim de se erigir nova Matriz, mas o plano fracassou, pois não havia dinheiro necessário à sua aquisição. Mas a Capela não esperou por isso e desabou em 1826, forçando a transferência provisória da Matriz para a Capelinha de São Clemente que, apesar de situar-se mais perto do centro populoso da Paróquia, era ainda menor e bem mais antiga que a da N. S. da Conceição. Esses reveses abateram o Pe. Souto, que pediu sua exoneração, obtida em 27.08.1830.

A situação começou a mudar em 1831, quando a 1º de maio Joaquim Marques Batista de Leão doou à Paróquia um terreno de 20 braças de frente por 80 de fundos (44 x 176m), na rua nova de São Joaquim, aberta pelo mesmo Leão em 1826 em terras de sua chácara. No termo de doação, especificava-se que ali se ergueriam a nova Matriz, o Passal do Vigário e o Cemitério da Freguesia.

Em 24 de junho de 1831, foi lançada a pedra fundamental do novo templo pelas mãos do próprio Bispo do Rio de Janeiro, D. José Caetano, que contribuiu doando 4:476$00 tirados de seu próprio bolso; ao falecer alguns meses depois, seus herdeiros ampliaram a doação em mais 1:823$290. Coube ao Major Beaurepaire Rohan o projeto da nova Matriz; a Capela-Mor foi sagrada em 1836 e, no ano seguinte, a do Santíssimo, que foi convenientemente paramentada quando se realizou a primeira procissão em 1841.

Em 1858 o Major Beaurepaire Rohan abre a Rua da Matriz, fronteira à Igreja, com o argumento de dar maior realce ao frontispício. Por volta de 1860, estando o templo ainda em obras, o vigário P. José Correia de Sá Coelho transfere definitivamente a Pia Batismal para sua nova sede, abandonando-se em definitivo as capelas de N. S. da Conceição e São Clemente, das quais hoje não restam mais vestígios. Em 1862 assume o Vicariato da Lagoa Monsenhor Francisco Martins do Monte, que muito se empenhou nas obras da Igreja, dando-as por terminadas em 1864, depois de 33 anos decorridos do seu início. O Altar-Mor neoclássico, confeccionado em pinhos de riga, deve ter sido colocado ali por volta de 1870, como mostra seu estilo.

A riqueza da burguesia Botafoguense permitiu que desde o início a Matriz possuísse valiosos paramentos, que alimentaram a cobiça de ladrões; invadida na noite de 16.04.1871, foram furtados todos os resplendores das imagens, objetos sacros e os cofres das esmolas.
A modesta arquitetura da Matriz já não mais satisfazia à alta sociedade Botafoguense, daí em 1873 decidiu-se pela sua reconstrução total, rapidamente iniciada, tendo sido confeccionados novos planos pelo arquiteto Joaquim Bethencourt da Silva. O trabalho dessa vez foi bem mais rápido, sinal de que o nível de vida dos paroquianos estava bem melhor do que quarenta anos atrás. Dois anos depois de iniciadas as obras, já estavam prontas a Capela-Mor, com seus finíssimos estuques; a Capela do SS. Sacramento, com seu altar datando de 1837; as paredes laterais, que foram acrescidas de maior altura; e a imponente frontaria de granito da candelária até o primeiro corpo. Em 24 de julho de 1875 é elevada a cruz sobre o frontispício. Passou-se então aos acabamentos internos. Na virada do século a Igreja foi ornada com seis altares laterais executados em mármore de Carrara.
Em 1877 já estavam terminadas as obras do corpo da Igreja e iniciava-se a torre ao lado do Evangelho, seguida pela torre da Epístola. Em 1880 já estavam quase prontas, mas só foram terminadas em 1895-1900, sob novo risco executado pelo arquiteto espanhol Adolfo Morales de Los Rios.
Curiosamente, as torres não possuíram sinos por muitos anos. Em 1907 foi colocado na torre da Epístola um relógio europeu, mas os três sinos que lá hoje estão só foram fundidos em 1947 pelo Arsenal da Marinha.
Em princípios do século foi instalado na Matriz o seu famoso órgão, considerado pelos especialistas como o de melhor sonoridade do Rio de Janeiro. Inicialmente confiado ao inglês Harcourt Saville, depois passou às mãos de D. Nadyr Leite e D. Maria Inês Cardoso Pereira.


Em 1958 a municipalidade resolveu alargar a Rua Voluntários da Pátria. Baseado nessa premissa, decidiu o vigário de então, numa completa falta de sensibilidade pelo nosso passado, que se demolisse a velha Matriz Botafoguense e se erguesse um templo moderno.
Foram escarpados nessa época os altares laterais, desmantelando-se também a graciosa Capela do Santíssimo, sendo destruído o retábulo em madeira de estilo rococó tardio. Em seguida, demoliram as paredes laterais do templo e arrasaram com o Batistério, sumindo a Pia Batismal, datada do princípio do século XVIII e que provinha da primitiva Capelinha da Conceição. Isto não só afetou a estética da Igreja como também afetou sua estabilidade. O resultado disso é que quando o vigário mandou demolir as paredes laterais, que, de certa maneira, aliviavam os esforços das paredes mestras para suportar a pesada abódada de alvenaria, esta rachou no centro e deformou-se, desaprumando as paredes mestras e estalando o piso de laurinhos. Em conseqüência disso, a pesada fachada em granito foi empurrada, inclinando-se sobre o Adro e a rua.
Quando se iniciava a demolição final do templo, houve um protesto dos fiéis, que conseguiram não só sustar a destruição como também substituir o vigário. Assumiu então o vicariato Monsenhor Arlindo Thiessen, que arcou com o pesado encargo de salvar o que fosse possível da velha Matriz.
A partir de 1967 foram executadas as obras de reconstituição das paredes laterais e o reforço das paredes mestras, só conseguidas com o sacrifício de alguns tribunais. A medida surtiu efeito e a inclinação cessou. Foram então abertos alguns arcos na nave principal e tentou-se consertar os sinos e o relógio da torre. Alguns elementos e objetos sacros foram adquiridos e colocou-se discreto gradil protetor no Adro.
As medidas salvadoras empreendidas por Monsenhor Arlindo estão sendo reconhecidas pela comunidade e é possível que a Igreja Matriz volte ao antigo esplendor que tinha há uns trinta anos e reassuma sua justa posição como a de Maior Patrimônio Cultural do Bairro.

Fonte e site da Igreja : http://comunidadesjb.com.br/default.asp?idCliente=92

Bem, se voce teve saco de ler isso até o final, agora voce ja sabe!

sábado, 12 de abril de 2008

Família Real no Brasil..

Pros que nao sabem quem foi que veio pro Brasil a 200 anos atras e os que vieram nascendo um pouco depois, aqui vai uma cola na hora da prova, digo, uma ajuda:
Retrato de D. João VI e D. Carlota Joaquina.Óleo sobre tela, início do século XIX, de Manuel Dias de Oliveira, "O Brasiliense" ou "O Romano".

Leopoldina na Ilha da Madeira.Óleo sobre tela, 1817D.
Retrato de D. João VI por Jean Baptiste Debret (1768-1848). Óleo sobre tela, 1816.D. João de Bragança, nascido em 1767, em Lisboa, era o segundo filho do rei de Portugal, D. Pedro III, e da rainha, D. Maria. Tornou-se herdeiro do trono com a morte do irmão, D. José. Em 1792, órfão de pai e com a mãe enlouquecida, tornou-se regente de Portugal. Neste cargo, tomou algumas atitudes decisivas tanto para Portugal quanto para o Brasil, sua grande colônia: o abandono do Reino aos franceses, em 1807, e o estabelecimento da administração real no Rio de Janeiro. Este quadro, que o retrata aos 53 anos de idade, é de autoria de Debret, competente pintor de temas históricos, formado no mais puro rigor neo-clássico e um dos principais expoentes da Missão Artística Francesa. Retrato de D. Pedro I, óleo sobre tela, 1826, por Manuel de Araújo Porto-Alegre (1806-1879).Filho de D. João VI (1798-1834), veio para o Brasil em 1808. Em 1822, casado com a Imperatriz D. Leopoldina, liderou o processo de emancipação política da Colônia portuguesa, tornando-se o primeiro Imperador do Brasil.
Retrato de D. Pedro II, por Delfim da Câmara (1834-c.1916).D. Pedro II talvez tenha sido a figura mais retratada de todo o século XIX brasileiro, simbolizando o Estado monárquico implantado no Brasil em 1822 e consolidado com sua elevação ao trono em 1840.Representando a instância suprema do poder, onde quer que, no território do Império, houvessem súditos, sua figura de porte majestático e olhar tranquilo deveria estar presente e ser lembrada, por meio de estátuas e retratos.Isto significou trabalho constante para centenas de artistas de todo o país, alguns muito talentosos, como é o caso do autor deste quadro, pintor fluminense de obra diminuta, mas onde se destacam ótimos retratos.Retrato de D. Teresa Cristina, circa de 1880, por Rovello.Nascida em Nápoles em 1822, era filha de D. Fernando, Rei das Duas Sicílias. Tratado seu casamento com D. Pedro II, imperador brasileiro de 18 anos, veio para a América em 1843. Exilada com o esposo e a família em 1889, morreu neste mesmo ano, segundo a tradição, de saudades do país sobre o qual reinou por 46 anos. Retrato da Princesa Isabel, por Rovello.Princesa imperial brasileira, nasceu no Rio de Janeiro em 1846. Casou-se em 1864 com Gastão de Orleans, Conde d'Eu. Herdeira do trono, em pelo menos três oportunidades assumiu a regência do Império. Na terceira, aboliu a escravidão negra no Brasil. Faleceu na França em 1921. Este retrato, sobre cujo autor não existem dados, foi provavelmente copiado de fotografia.Retrato da Família ImperialNeste quadro, provavelmente copiado a partir de fotografia, aparece parte da família imperial brasileira: o Imperador D. Pedro II e a esposa D. Teresa Cristina, sentada: D. Pedro Augusto, filho do Duque de Saxe com a Princesa Leopoldina, encontra-se ao lado do avô. O Conde d'Eu, consorte da herdeira, Princesa Isabel, é visto na extrema esquerda, ao lado da esposa. Embaixo, vêem-se os três príncipes, filhos do casal. Este tipo de retrato era em geral pintado para decorar residências reais ou prédios públicos.

Exposição sobre o assunto..

O Museu Histórico Nacional estará realizando de 8 de março a 8 de junho de 2008 a exposição internacional "Um Novo Mundo, Um Novo Império: A Corte Portuguesa no Brasil", patrocinada pela Fundação Calouste Gulbenkian e com o apoio do Banco BBM e da TAP, como parte das comemorações dos 200 anos da chegada da família real portuguesa ao Brasil
Esta é a única exposição prevista na agenda de eventos do Rio de Janeiro que enfatizará os aspectos econômicos, políticos e culturais da vinda da família real portuguesa, dando a oportunidade aos brasileiros de conhecerem melhor o contexto histórico que cercou D. João VI, o primeiro monarca europeu a atravessar o oceano Atlântico e o responsável pelo estabelecimento da sede do maior império das Américas, entrelaçando para sempre a história do Brasil e de Portugal.
No âmbito das comemorações, serão realizados outros dois eventos no Museu: um colóquio sobre o tema com os historiadores brasileiros Arno Welling e Vera Tostes e os portugueses Eduardo Lourenço e Jorge Couto no dia 06 de março, às 10h, no Auditório do Museu, e o lançamento pelo Clube da Medalha/Casa da Moeda do Brasil da Medalha Comemorativa dos 200 anos da chegada de D. João ao Brasil. Curiosidade sobre essa medalha: o anverso (foto) foi desenvolvido pela Casa da Moeda de Portugal e o reverso pela Casa da Moeda do Brasil.
Dividida em núcleos temáticos, a exposição contará com objetos e documentos de importantes instituições públicas e particulares brasileiras e portuguesas, muitos dos quais inéditos. O público terá a oportunidade de conhecer desde a situação na Europa com as guerras napoleônicas, que motivaram a vinda da Corte para o Brasil, até os motivos que levaram à proclamação da Independência do Brasil pelo Imperador D. Pedro I.
O núcleo inicial abordará as conquistas de Napoleão na Europa, em especial na Península Ibérica, seguidas de biografias dos personagens envolvidos no conflito – Napoleão, Carlos IV, D. Maria I e Jorge III. Através de acervo iconográfico cedido por instituições portuguesas, serão mostrados aspectos da cidade de Lisboa por ocasião do embarque, bem como retratos das infantas portuguesas que vieram para o Brasil.
O núcleo seguinte abordará o embarque em Lisboa e as dificuldades enfrentadas ao longo de 54 dias de travessia do Atlântico. A chegada à Bahia, em 22 de janeiro de 1808, está representada pela monumental tela de Candido Portinari, “Chegada de D. João VI a Salvador”, gentilmente cedida pelo Banco BBM S. A e Associação Comercial da Bahia e pela primeira vez apresentada no Rio de Janeiro.
Um importante conjunto documental, que reúne documentos existentes no Arquivo Nacional e na Biblioteca Nacional, revela o processo da “Abertura dos Portos às Nações Amigas”, uma das primeiras providências tomadas por D. João ao chegar à Bahia, marco inicial do desenvolvimento do comércio.
O Rio de Janeiro encontrado pela família real e as transformações ocorridas na cidade a partir da chegada da corte são abordados em outro núcleo. Instituições portuguesas, como o Arquivo Real, a Real Biblioteca e o Erário, foram recriadas no Brasil para permitir o funcionamento do Estado português em solo americano. O livre comércio, o estabelecimento de indústrias, a introdução de novos hábitos culturais e a criação de importantes instituições, tais como a Imprensa Régia, a Real Junta do Comércio e as Academias científicas, modificaram definitivamente o perfil colonial do país e introduzirem no cenário nacional novas forças sociais que produziram imagens simbólicas e definiram o poder monárquico no Novo Mundo.
E foi a cidade do Rio de Janeiro que mais rapidamente sentiu essas modificações, com a redefinição do panorama urbano, a introdução de novos estilos arquitetônicos - sobretudo a partir da vinda da missão artística francesa de 1816 - e a mudança do comportamento da sociedade, que passa a viver de maneira cosmopolita: entre saraus, festas e apresentações teatrais, efervescia a vida política, social e cultural.
Integram esse núcleo instrumentos científicos contemporâneos a D. João VI; o trono acústico criado na Inglaterra especialmente para o monarca; pintura a óleo contemporânea que reproduz com fidelidade a cena da chegada da frota real à baía da Guanabara e objetos de época - mobiliário, porcelanas, condecorações, etc - além de extensa iconografia do período.
O penúltimo núcleo aborda os conflitos que se instalaram no Brasil e em Portugal a partir de 1817, até a decisão das Cortes portuguesas de exigirem o retorno de D. João VI em 1820, o que efetivamente ocorreu em 1821, após treze anos em terras brasileiras. Se, ao chegar ao Rio de Janeiro em 1808, D. João VI desembarcou numa provinciana cidade colonial, ao partir em 1821 deixou um Brasil bem diferente daquele encontrado, que se transformaria na sede do maior Império das Américas.
¨D. João VI veio criar e realmente fundou na América um império, pois merece bem assim ser classificado o de ter dado foros de nacionalidade a uma imensa colônia amorfa, para que o filho, porém, lhe desfrutasse a obra. Ele próprio regressava menos rei do que chegara, porquanto sua autoridade era agora contrariada sem pejo. Deixara, contudo, o Brasil maior do que o encontrara.¨ Oliveira Lima
Como conseqüência natural da vinda da corte portuguesa para sua colônia nos trópicos, a alusão à Proclamação da Independência do Brasil pelo Imperador D. Pedro I encerrará exposição.
É especialmente interessante ressaltar que o conjunto arquitetônico no qual está abrigado o Museu Histórico Nacional já existia quando a Corte se estabeleceu na cidade do Rio de Janeiro e fez parte dos acontecimentos de então. Composto de três edificações - a Fortaleza de Santiago (1602), a Casa do Trem (1762) e o Arsenal de Guerra (1764) – esse conjunto de origem militar tinha funções restritas no Brasil colônia, uma vez em que a fabricação de armas era proibida até 1808. No Arsenal chegavam as partes dos equipamentos militares chamados de os ¨trens de artilharia¨. O termo acabou por denominar o arsenal de Casa do Trem, local onde os ¨trens¨ eram fundidos.
Com a chegada de D. João ao Brasil, o Arsenal passou a ter uma organização semelhante ao de Lisboa, sendo então denominado de Arsenal Real do Exército. Transformado em local de produção de equipamento, passou a atender às necessidades do Reino, ou seja, produzir munições, uma vez que a Metrópole estava sem condições de suprir as tropas, em decorrência da guerra Napoleônica. Ainda na “Casa do Trem” foi instalada em 1811 a Academia Militar, a primeira instituição brasileira de ensino superior, origem da primeira escola de engenharia do país.
O MUSEU ESTÁ EXCEPCIONALMENTE ABERTO AO PÚBLICO DE 23 DE JANEIRO A 20 DE ABRIL DE 2008 AOS SÁBADOS, DOMINGOS E FERIADOS DAS 10H ÀS 18H

segunda-feira, 31 de março de 2008

Aí, esse aqui é serio..

A taxa de incidência é uma medida estatística que mede risco, no caso da tabela em anexo, o risco de se adoecer por dengue nas diversas regiões do Município do Rio de Janeiro. A razão de se preferir utilizar a taxa e não o número absoluto, é que com a taxa pode-se fazer comparações entre populações de diferentes tamanhos (com números desiguais de pessoas sob risco).
O dengue reemergiu no Município do Rio de Janeiro em 1986, a partir deste ano a doença se tornou endêmica apresentando anos epidêmicos. A média das taxas de incidência em anos não epidêmicos é de 27 casos/100.000 hab., já a média dos anos epidêmicos é de 470 casos/100.000hab.
Devido ao aumento número de casos, a verificação de duplicidade não está podendo ser diária, estimamos que 5% dos casos estejam duplicados, não comprometendo a análise de tendência.

Sobre a dengue

Perguntas mais frequentes sobre Denguepublicada em: 08/11/2004 às 11:30

Quais são os sintomas da dengue?
Febre, dores de cabeça, dores nas articulações, fraqueza, falta de apetite, manchas avermelhadas na pele, coceira no corpo atingindo também palmas das mãos e plantas dos pés, pequenos sangramentos de nariz ou gengivas, náuseas, vômitos, diarréia, dor abdominal, tonturas ao sentar ou levantar; vertigem, sonolência, torpor, confusão mental, convulsões, coma, pré-choque caracterizado por queda de pressão arterial com tendência a pressão convergente, diminuição ou ausência do fluxo urinário, muito suor, frieza de extremidades; pulso fraco ou imperceptível.

Quais as medicações que podem ser tomadas no caso de dengue?
O paciente deve se manter bem hidratado, ingerindo muito líquido (água, sucos, sopas). Pode tomar o paracetamol para aliviar dores e febre. O ideal é procurar atendimento médico. Não deve tomar nenhum medicamento que contenha ácido acetilsalicílico.

Onde buscar atendimento?
No posto de saúde ou hospital mais próximo de sua residência.

Para que telefone ligar para denunciar possíveis focos?
Tele-Dengue: 2575-0007

Quais os locais onde podemos encontrar focos do mosquito?
Em qualquer local que possa juntar água limpa e parada: pratos de vasos de plantas, caixas d’água mal tampadas, latas, garrafas, plásticos, cacos, pneus, piscinas sem tratamento da água, calhas, etc.

O que se recomenda às pessoas que estão com os sintomas da doença?
O principal é procurar atendimento médico. Além disso, é importante fazer repouso e iniciar a hidratação o mais rápido possível, bebendo muito líquido, incluindo soro caseiro.

Qual o tempo de incubação do vírus?
De três a quinze dias, em média 5 a 7 dias.

É verdade que o mosquito da dengue só ataca durante o dia?
Sim. O Aedes aegypti é diurno e gosta de calor, umidade e água limpa e parada.

Qual é o raio de vôo do mosquito?
De 300 a 1000 metros.

Em que parte do corpo ele ataca?
O mosquito ataca mais nas pernas, mas pode picar qualquer parte descoberta do corpo.

Velas de citronela ou andiroba e repelentes ajudam a evitar a dengue?
São paliativos, que não eliminam o mosquito e o mantêm distante por algum tempo. As velas têm raio de alcance restrito. Os repelentes possuem duração de proteção limitada.

Quais os sinais que podem alertar para uma evolução mais grave da doença?Sangramento, tontura ao sentar ou levantar, dor abdominal e vômito. Neste caso procurar imediatamente um serviço de emergência.As pessoas acima de 60 anos e com doenças crônicas associadas ou aquelas que já tiveram dengue anteriormente devem procurar atendimento médico às primeiras manifestações suspeitas de dengue.

Todo mosquito Aedes aegypti tem o vírus da dengue?
Não. Ele se torna portador do vírus ao picar alguém contaminado. As fêmeas podem passar o vírus para seus ovos, gerando mosquitos que já nascem contaminados. O Aedes portador do vírus contamina toda pessoa picada que pode ou não desenvolver a doença aparente.

Quanto tempo vive um Aedes?
O período de vida é, em média, de trinta dias.

Quem já teve dengue está imune a contraí-la?
Não. Há quatro tipos de dengue. O paciente só fica imune ao tipo que produziu a infecção.

Como diferenciar a dengue de outras viroses?
Só com o exame de sangue específico.

O perigo maior é em casa ou na rua?
Em casa. Calcula-se que 90% dos focos do mosquito sejam domésticos.

O fumacê resolve o problema?
Não, mas ajuda. Ele mata parte dos mosquitos adultos na área de aplicação da fumaça, mas seu efeito é de três horas.

Como evitar focos de mosquito nas plantas?
Coloque areia no prato ou troque a água uma vez por semana. Mas não basta esvaziar o recipiente. É preciso esfregá-lo, para retirar os ovos do mosquito depositados na superfície da parede interna, pouco acima do nível da água. O mesmo vale para qualquer recipiente com água.

Além dos vasos de plantas, que outros possíveis focos devem ser combatidos?
Pneus velhos devem ser furados e guardados com cobertura ou recolhidos pela limpeza pública. Garrafas pet e outros recipientes vazios também devem ser entregues à limpeza pública. Vasos e baldes vazios devem ser colocados de boca para baixo. Limpe diariamente as cubas de bebedouros de água mineral e de água comum. Seque as áreas que acumulem águas de chuva. Tampe as caixas d’água.

Como evitar

Dengue: entre nessa guerra. Por: Coordenação de Programas de Epidemiologia publicada em: 08/11/2004 às 11:31

Saiba como evitar:
• Evite deixar plantas em vasos com água, substituindo a água por terra.

• Troque semanalmente a água dos vasos das plantas e lave com uma escova ou pano os pratinhos que acumulam água.
• Lave as jarras de flores para eliminar os ovos dos mosquitos que ficam grudados nas suas paredes.
• Para não acumular água, as latas devem ser furadas antes de jogadas fora.
• As garrafas vazias devem ser guardadas de boca para baixo.
• Lave os bebedouros dos animais com escova ou bucha e esvazie-os à noite, sempre que possível.
• Pneus velhos devem ser mantidos em lugares cobertos para não acumular água da chuva.
• Os poços, tambores, caixas d´água, cisternas e outros depósitos de água devem estar sempre tampados.
• O lixo caseiro deve estar ensacado e posto à disposição da limpeza urbana nos horários previstos.

Visita de agentes de saúde e denúncias,ligue 2575-0007

sábado, 29 de março de 2008

Tah..talvez tenha sido copia da wikipedia...


A transferência da corte portuguesa para o Brasil teve início com o embarque da família real e parte da corte do Reino de Portugal em 29 de Novembro de 1807 no Porto de Lisboa.
Com a transferência da família real e da corte, a capital do reino foi estabelecida no
Rio de Janeiro, na então maior e mais importante colônia portuguesa, o Brasil.

Antecedentes
O plano de transferência da família real para o Brasil, refúgio seguro para a soberania portuguesa quando a resistência militar a um invasor fosse inútil na metrópole, fora já por duas vezes sugerido em tempos mais recuados: ante o avanço dos tercios do duque de Alba, o prior do Crato terá sido aconselhado a buscar um reduto além-Atlântico; na conjuntura aberta pela
Restauração da independência (1640), quando a França abandonou Portugal no Congresso de Münster (1648), o padre António Vieira apontou idéia semelhante a dom João IV, associando-a ao vaticínio da fundação do Quinto Império. Mais tarde, sem ameaça militar iminente, o diplomata dom Luís da Cunha defendeu a idéia de se transferir para o Brasil a sede da monarquia portuguesa .
Perante a ameaça militar, além de sugerida, a ideia teve inícios de concretização quando a Espanha invadiu Portugal como consequência do "
Pacto de Família", chegando o marquês de Pombal a mandar aprontar uma esquadra que transportaria o rei D. José I e a sua corte. Havia alguns exemplos estrangeiros a considerar: Vauban aconselhara o refúgio americano ao futuro Filipe V; e, Pombal, ao ordenar a preparação da Esquadra de D. José I, apoiava-se no precedente da Imperatriz Maria Teresa de Áustria se ter disposto a descer o Danúbio, se a sua Corte em Viena viesse a correr perigo.
No novo contexto internacional criado pelo Império de
Napoleão Bonaparte, a ideia da retirada para o Brasil voltou à tona, sendo defendida pelo marquês de Alorna em 30 de Maio de 1801e, em 16 de Agosto de 1803, por dom Rodrigo de Sousa Coutinho.
A ideia de uma transferência para o Brasil, tendo surgido sobretudo em contextos de ameaça iminente à soberania portuguesa, como um meio de reforço de segurança, foi também apresentada como uma via necessária ao cumprimento de um projecto messiânico, como em
António Vieira, ou como um meio para redefinir as relações de forças no "equilíbrio europeu" pós-Vestfália, como em dom Luís da Cunha, marquês de Alorna e dom Rodrigo de Sousa Coutinho.


A conjuntura de 1807
Antes das

campanhas do Rossilhão e da Catalunha, a Espanha abandonara a aliança com Portugal, fazendo causa comum com o inimigo da véspera – a França de Napoleão. Resultou daí a invasão de 1801, em que a Inglaterra de nada serviu a Portugal.
Enquanto o
Corpo de Observação da Gironda penetra em Portugal debaixo do pretexto da protecção, o Tratado de Fontainebleau entretanto assinado entre a França e a Espanha, retraçava Portugal em três principados. O plano de Napoleão era o de aprisionar a Família Real portuguesa, sucedendo a D. João VI o que vem a suceder a Fernando VII e a Carlos IV de Espanha em Baiona - forçar uma abdicação. Teria Portugal um Bonaparte no trono e, paralelamente, a Inglaterra apossar-se-ia das colônias portuguesas, sobretudo o Brasil.

Os acontecimentos

Após os Tratados secretos de Tilsit de Julho de 1807, os representantes da França e de Espanha em Lisboa entregaram ao príncipe regente de Portugal, dom João, em 12 de Agosto, os “pedidos” de Napoleão: Portugal teria que se juntar no bloqueio continental que a França decretara contra a Inglaterra; fechar os seus portos à navegação britânica; declarar a guerra aos ingleses; sequestrar os seus bens em Portugal, e prender todos os ingleses residentes. D. João era intimado a dar uma resposta até ao dia 1 de Setembro.
No Conselho de Estado em Portugal, reunido no dia 18 de Agosto, sem se conhecer ainda a manobra de Napoleão, vence a posição do ministro
António de Araújo e Azevedo: Portugal unia-se à causa do bloqueio continental, fechando-se os portos aos navios ingleses. A única objeção aos “pedidos” de Napoleão era a de se não aceitar o seqüestro de bens e de pessoas de nacionalidade inglesa, por não serem conciliáveis com os princípios cristãos. O ministro Araújo mandou escrever as cartas e expediu-as. Essa era a posição tomada por Lisboa, mas deixando vencida uma minoria liderada por D. Rodrigo de Sousa Coutinho, que defendera que se fizesse guerra contra a França e Espanha, e que se aprontasse 70 mil homens e que se mobilizassem 40 milhões de cruzados para a custear. Na mesma reunião, Coutinho formula de novo (preconizara-a já em 1803) a idéia de uma retirada estratégica: se Portugal não tiver sorte nas armas, então “passasse a família Real para o Brasil”.
A idéia estava uma vez mais lançada, mas estava claro que os membros do Conselho de Estado se encontravam divididos em dois partidos – o chamado “partido francês” e o chamado “partido inglês”. O “partido inglês”, liderado por
Rodrigo de Sousa Coutinho, contando também com personalidades como a de D. João de Almeida, preconizava a continuação dos pactos internacionais com o Reino Unido, insistindo na necessidade de encarar com firmeza a idéia de guerra. O “partido francês”, liderado por António de Araújo e Azevedo, defendia a aceitação das condições francesas e, embora dissesse que buscava a neutralidade, inclinava-se para o lado da França.
Sucedem-se as reuniões. Em 30 de Agosto, na reunião do Conselho de Estado, vinga a idéia de se enviar para o Brasil apenas o príncipe da Beira (príncipe D. Pedro, herdeiro do trono) e as Infantas. Dom Rodrigo de Sousa Coutinho continua a defender a idéia de que Portugal devia fazer primeiro guerra à França e que a saída de toda a Família Real só se deveria realizar perante a dificuldade militar. Começaram imediatamente os preparativos para a saída do príncipe da Beira e das infantas, mandando-se aprontar uma Esquadra de quatro naus. As restantes naus da Armada portuguesa ficariam em defesa do Porto de Lisboa.
Nas flutuações constantes do período que se segue, as movimentações do general Lannes, embaixador francês em Lisboa, frutificam na queda de dom
Rodrigo de Sousa Coutinho, de dom João de Almeida, e na demissão de Pina Manique. Vencia o “partido francês”, com António de Araújo e Azevedo a substituir os ministros demitidos, e a triunfar a “política de neutralidade” favorável à França de Napoleão.
Em meados de Outubro, a reunião do Conselho de Estado fez-se já sem a presença de dom Rodrigo de Sousa Coutinho. Antes de receber qualquer resposta, Napoleão dera já ordem de marcha através da Espanha a um exército de cerca de 30 mil homens sob o comando de Junot. Não se sabe ainda se as tropas se dirigem para Portugal, avaliando-se as posições das potências. Napoleão Bonaparte mostrava-se cauteloso, modificando a cláusula em que pedia o seqüestro dos bens e pessoas de nacionalidade britânica;
Manuel de Godoy, dizia que se a Espanha tivesse a intenção de tomar Portugal, tê-lo-ia feito em 1801, mas “que nem se lembrasse(m) do retiro para o Brasil”; o rei do Reino Unido exortava à transferência para o Brasil da família real e oferecia a sua Esquadra. A posição britânica vinha apoiada num extenso documento em que se dizia que ficara resolvido pelas outras potências “a extinção da Monarquia Européia Portuguesa, e portanto o único recurso era ir conservar a sua Monarquia no Brasil”.
Em fins de Outubro, realizam-se novas reuniões do Conselho de Estado, defendendo dom João de Almeida a saída de toda a família real e não apenas do príncipe da Beira e das infantas. Mantêm-se todas as ordens dadas para que continuassem os preparativos da Esquadra. Depois se veria quem iria sair para o Brasil.
No dia 22, é publicado o edital tornando público o decreto do príncipe regente mandando fechar os portos portugueses aos navios de guerra e mercantes da Grã Bretanha. Três dias depois, o príncipe regente, D. João, dá parte aos seus ministros dos preparativos da viagem o príncipe da Beira, mas que pode ser de toda a família real se as circunstâncias o impuserem, e decide escrever para Espanha e França.
A decisão de transferir a corte para o Brasil, porém, ficara já resolvida na convenção secreta subscrita em
Londres, em 22 de Outubro de 1807, e que vem a ser ratificada em Lisboa no dia 8 de Novembro. Pela mesma altura, chegava a Lisboa a notícia da prisão em Espanha do príncipe herdeiro do trono (príncipe das Astúrias), e de que tropas espanholas e francesas se estavam a dirigir para a fronteira portuguesa.
Confirmavam-se os propósitos de Napoleão em relação a Portugal e a Espanha; tinham fundamento as advertências do rei da Grã-Bretanha e as do chamado “partido inglês” no Conselho de Estado. Não havia alternativa à retirada de toda a Família Real e do Governo do Reino para o Rio de Janeiro.
Nas últimas decisões tomadas pelo Príncipe Regente parece haver a intenção de manter-se um certo equilíbrio entre os partidos em conflito. O “partido francês” vê satisfeitos os "pedidos" de Napoleão, fechando-se os portos aos navios de guerra e mercantes ingleses, e dando-se ordem de expulsão aos ingleses residentes em Portugal, enquanto o “partido inglês” obtém a continuação dos preparativos da Esquadra para a saída do Príncipe da Beira.
O ministro
António de Araújo e Azevedo ainda mandou desviar para as costas portuguesas os poucos efetivos militares de que Portugal dispunha, alegando que poderíamos ser surpreendidos por um desembarque britânico. Era um último esforço para favorecer a entrada das tropas comandadas por Junot.
O príncipe D. João só no dia 23 de Novembro recebeu a notícia de terem entrado tropas francesas em território português. Convocou imediatamente o Conselho de Estado, que decide embarcar quanto antes toda a família real e o Governo, servindo-se da Esquadra que estava pronta para o príncipe da Beira e as infantas.
Nos três dias seguintes ainda se aprontaram outros navios, que viriam a transportar para o Brasil cerca de quinze mil pessoas. Em 26, foi nomeada uma
Junta Governativa do Reino para ficar em Portugal, e difundidas Instruções aos Governadores, nas quais se dizia que "quanto possível for", deviam procurar conservar em paz o Reino, recebendo bem as tropas do Imperador.
Junot, no seu Diário, manuscrito da Biblioteca da Ajuda, revela quanto os franceses receavam aquele embarque. Ao ser informado que este estava já em execução, e não podendo voar sobre o Ribatejo até Lisboa com as suas tropas, ainda enviou Hermann a Lisboa com a missão de o atrasar ou impedir. "Mr. Hermann ne put voir ni le Prince ni Mr. D. Araujo; celui-ci seulement lui dit que tout était perdu" (O Sr. Hermann não pôde ver nem o Príncipe nem o sr. D. Araujo; este apenas lhe disse que tudo estava perdido), escrevia depois Junot a Bonaparte. Para Araújo, para o "partido francês", o mais importante estava na verdade perdido - não era mais possível aos franceses aprisionarem o príncipe regente de Portugal.


A esquadra portuguesa
A esquadra portuguesa que saiu do porto de Lisboa, em 29 de Novembro de 1807, ia comandada pelo vice-almirante Manuel da Cunha Souto Maior.
Integravam-na as seguintes embarcações:

Naus
Príncipe Real - Comandante, Capitão de Mar e Guerra, Francisco José do Canto Castro e Mascarenhas.
D. João de Castro - Cmdte, Cap. de M. e G., D. Manuel João Loccio.
Afonso de Albuquerque - Cmdte, Cap. de M. e G., Inácio da Costa Quintela
Rainha de Portugal - Cmdte, Cap. de M. e G., Francisco Manuel Souto-Maior.
Medusa - Cmdte, Cap. de M. e G., Henrique da Fonseca de Sousa Prego.
Príncipe do Brasil - Cmdte, Cap. de M. e G., Francisco de Borja Salema Garção.
Conde D. Henrique - Cmdte, Cap. de M. e G., José Maria de Almeida.
Martins de Freitas - Cmdte, Cap. de M. e G., D. Manuel de Menezes.
Fragatas
Minerva - Cmdte, Cap. de M. e G., Rodrigo José Ferreira Lobo.
Golfinho - Cmdte, Cap. de Fragata, Luís da Cunha Moreira,
Urânia - Cmdte, Cap. de Frag., D. João Manuel.
Brigues
Lebre -Cmdte, Cap. de M. e G., Daniel Tompsom.
Voador - Cmdte, Cap. de Frag., Maximiliano de Sousa.
Vingança - Cmdte, Cap. de Frag., Diogo Nicolau Keating.
Escunas
Furão - Cmdte, Capitão Tenente, Joaquim Martins.
Curiosa - Cmdte, Primeiro Tenente, Isidoro Francisco Guimarães.


Toda a família real embarcou no dia 27, tomando-se a bordo as últimas decisões. No dia 28, não foi possível levantar ferros porque o vento soprava do Sul. Entretanto, as tropas francesas tinham já passado os campos de Santarém, pernoitando no Cartaxo. No dia 29 o vento começou a soprar de Nordeste, e bem cedo o príncipe regente ordenou a partida. O almirante inglês reforçou a Esquadra portuguesa com quatro naus.


Conseqüências
Ao evitar-se que a Família Real portuguesa fosse aprisionada em Lisboa pelas tropas francesas, inviabilizou-se o projeto de Napoleão para a Península Ibérica, que consistia em estabelecer nela famílias reais da sua própria família, como ainda se tentou em Espanha com a deposição de Fernando VII e Carlos IV, colocando no trono José Bonaparte. A revelação da correspondência secreta de Junot e de Napoleão, bem como os textos dos

Tratados secretos de Tilsit, não deixam margem para quaisquer dúvidas a este respeito.
O “partido francês” em Portugal, não se dando por derrotado, começou imediatamente a difundir a idéia de que a retirada estratégica da Corte para o Brasil mais não era do que uma “fuga”, que teria deixado Portugal sem Rei e sem Lei. Motivo pelo qual foi enviada uma sua delegação ao encontro de Junot para que Napoleão Bonaparte lhes desse uma
Constituição e um Rei

.
Após a derrota de Napoleão, a transferência da Corte para o Brasil veio também a ter como conseqüência a Revolução de 1820 em Portugal, que exigiu o retorno da Família Real portuguesa e da Corte a Lisboa. O comportamento dos deputados às Cortes Constituintes face ao Brasil, veio depois também a provocar a proclamação da sua Independência.

quarta-feira, 26 de março de 2008

Nao foi copia da wikipedia..

Em 1806, com a declaração do Bloqueio Continental por Napoleão Bonaparte, Portugal se viu diante de um dilema insolúvel. O decreto exigia que as nações européias deixassem de comerciar com a Inglaterra, fechando seus portos aos navios ingleses. Com isso Napoleão pretendia quebrar o poderio econômico de seu principal inimigo e exercer total domínio sobre a Europa.
Portugal e Inglaterra eram velhos parceiros comerciais. Acatar o bloqueio imposto por Napoleão significava para Lisboa expor o reino e suas colônias às represálias inglesas. Não acatá-lo, porém, seria uma afronta a Napoleão, e o país correria o risco de uma invasão. Durante quase dois anos, a diplomacia portuguesa procurou ganhar tempo, dilatando as negociações. Foi ao extremo de fingir uma guerra contra os ingleses para enganar a França. Esses esforços, no entanto, não surtiram efeito.
Em agosto de 1807, com a paciência esgotada, Napoleão ordenou a invasão de Portugal. Comandadas pelo general Junot, as tropas invasoras chegaram às portas de Lisboa em novembro de 1807. No dia 27 desse mês, dom João e sua corte bateram em retirada, embarcando para a colônia portuguesa na América.

A viagem
Os membros da Família Real saíram de Lisboa na madrugada do dia 27 de novembro de 1807. Já na madrugada do dia 29 de novembro um vento favorável permitiu que a esquadra rumasse ao Brasil. O General Junot entrou em Lisboa às 9 horas da manhã do dia 30 de novembro, liderando um exército de cerca 26 mil homens e tendo a sua frente um destacamento da cavalaria portuguesa que se rendeu e se pôs às suas ordens. Enquanto isso, os navios das esquadras portuguesa e inglesa se dispersaram devida a uma forte tempestade ocorrida. Em 5 de dezembro de 1807 os navios conseguiram se reagrupar e logo depois, em 11 de dezembro, a frota avistou a Ilha da Madeira.
Chegaram à costa da Bahia no dia 18 de janeiro de 1808 e no dia 22 os habitantes da Cidade de Salvador já puderam observar os primeiros navios da esquadra. Às quatro horas da tarde do dia 22, depois de todos os navios da esquadra estarem fundeados, o Conde da Ponte (governador da Bahia na época) foi a bordo do navio Príncipe Real. Já no próximo dia os membros da Câmara foram a bordo do mesmo navio.

A chegada

Largo do Paço, Rio de Janeiro (1834).
A comitiva real só desembarcou na Bahia às cinco horas da tarde do dia 24, com uma imensa solenidade. Então embarcaram rumo a cidade de Rio de Janeiro, aonde chegaram no dia 8 de março, no cais do Largo do Paço, na atual Praça XV em Rio de Janeiro.
A família real então foi alojada em três prédios no centro da cidade, logo após colocar na rua o vice-rei Marcos de Noronha e Brito, o conde dos Arcos, e todas as internas de um convento de carmelitas. Os demais agregados se espalharam pela cidade, em residências confiscadas da população. Esta era a famosa política chamada de “Ponha-se na Rua”, cujo nome foi dado pelos cariocas, inspirando-se nas iniciais “PR”, vindas de “Príncipe Regente” ou de “Prédio Roubado” como os mais irônicos diziam. Estas iniciais eram marcadas nas portas das casas que eram requisitadas para os nobres vindos de Portugal.

O fim do pacto colonial
Embora parecesse precipitada, a fuga havia sido previamente combinada com a Inglaterra, cuja marinha de guerra se comprometera a escoltar a frota portuguesa na travessia do Atlântico. Na verdade, a transferência da corte de Lisboa para o Rio de Janeiro interessava particularmente aos ingleses, que viam nessa mudança ótima oportunidade de ampliar seu negócios.
Dom João governava Portugal como príncipe regente, depois de sua mãe, dona Maria I, ter sido afastada do trono por problemas mentais. Ao sair de Lisboa, ele estava acompanhado de toda a corte, que incluía, além da família real e de diversos funcionários graduados, muitos membros da nobreza com seus familiares e criados. Eram, ao todo, de 12 a 15 mil pessoas, embarcadas em catorze navios escoltados por vasos de guerra com bandeira inglesa e carregados de móveis, jóias, pratarias, roupas luxuosas e obras de arte. Em moeda sonante, essa gente transportava metade do dinheiro em circulação no reino português. Para os ingleses, isso significava enorme injeção de recursos no mercado colonial, que logo estará aberto às suas mercadorias e investimentos. Durante a travessia do Atlântico, uma parte da comitiva, na qual se encontrava o príncipe regente, desviou-se da rota inicialmente traçada e acabou chegando a Salvador em janeiro de 1808. Aí, no primeiro centro administrativo da colônia até 1763, dom João satisfez a expectativa da Inglaterra, decretando ainda em janeiro a abertura dos portos às nações amigas.

O príncipe regente de Portugal, Dom João. (1804)
Tomada em caráter provisório, a medida estabelecia uma tarifa alfandegária de 24% sobre os produtos importados e de 16% sobre as mercadorias de origem portuguesa. Depois, seguiram-se os tratados de aliança e comércio com a Inglaterra, firmados em 1810. Por esses acordos, o governo português concedeu aos produtos ingleses tarifa preferencial de 15%, abaixo da taxa que incidia sobre os próprios artigos provenientes de Portugal.
Na prática, essa política abolia o pacto colonial e introduzia a liberdade de comércio no que restava do antigo império lusitano. Sua conseqüência imediata foi o crescimento do comércio exterior brasileiro e, no momento seguinte, do comércio interno da colônia, estimulado pela presença de comerciantes de várias nacionalidades.
Em abril de 1808, já tendo residência no Rio de Janeiro, dom João decretou a suspensão do alvará de 1785, que proibia a criação de indústrias no Brasil. Ficavam, assim, autorizadas as atividades em território colonial. A medida permitiu a instalação, em 1811, de duas fábricas de ferro, em São Paulo e em Minas Gerais. Mas o sopro de desenvolvimento parou por aí, pois a presença de artigos ingleses bem elaborados e a preços relativamente acessíveis bloqueava a produção de similares em território brasileiro. Em outra medida tomada logo após a chegada da corte ao Brasil, o governo de dom João declarou guerra à França, e, com o auxílio dos ingleses, partiu para a ocupação da Guiana Francesa em 1809. Nesse primeiro momento, a política externa do governo português, estava diretamente atrelada aos interesses estratégicos da Inglaterra. A atitude de subserviência da Coroa portuguesa à Coroa britânica mudaria apenas nos conflitos da região do Prata.

A nova sede do Império Lusitano
Durante a permanência da corte no Rio de Janeiro, o perímetro da cidade foi ampliado com a construção de novas moradias e edificações destinadas a repartições públicas, armazéns e casas de comércio. Além disso, a população urbana cresceu muito. O enraizamento das pessoas de prestígio que se transferiram em 1808 foi acompanhado pela fixação de negociantes e artífices estrangeiros, pelo deslocamento de diplomatas e por enorme fluxo migratório de portugueses que saíam de reino na esperança de conseguir melhores condições de vida no Brasil.
Toda essa movimentação acarretou profundas mudanças na arquitetura da cidade, na discriminação dos bairros e na distribuição dos moradores, acentuando-se as diferenças sociais. A vida cotidiana das famílias de homens livres, pobres e remediados tornou-se mais difícil por causa do aumento do preço dos materiais de construção, da valorização dos aluguéis e da elevação do preço dos imóveis.

Impostos para sustentar a corte
Ao chegar ao Rio de Janeiro, em 1808, dom João tratou logo de organizar o governo, distribuindo os cargos administrativos entre homens da nobreza. "Tudo se resumia em situar no mundo político e administrativo os fugitivos desempregados, colocando-lhes na boca uma teta do Tesouro". Além dos nobres que não dispunham de meios próprios de vida, havia monsenhores, desembargadores, empregados da casa real, médicos, homens do serviço privado da família real e protegidos de dom João.
Assim, o governo instalado no Rio de Janeiro foi constituído com os mesmos vícios que o caracterizavam em Lisboa: empreguismo, utilização dos recursos públicos para fins privados do rei, da nobreza e da alta burocracia do Estado, desperdício, corrupção. O reino deveria servir à camada dominante, ao seu desfrute e gozo. Os fidalgos ganharam pensões; os oficiais da Armada e do Exército, acesso aos postos superiores; os funcionários civis e eclesiásticos, empregos e benefícios.
Com toda essa gente vivendo à custa do governo, foi preciso aumentar a carga de impostos. Dessa forma, a receita pública subiu mais de quatro vezes entre 1808 e 1820. Nesse mesmo ano, dois terços das despesas do governo eram destinados ao pagamento de pensões e soldos e a custear a casa real, o Exército e os tribunais como se pode imaginar, muito pouco sobrava para investir em saúde, educação, saneamento básico, transportes, construção de estradas, melhoramentos urbanos e outros serviços de utilidade pública.

Um novo Brasil
Primeiro bilhete de banco, precursor das cédulas atuais, foi lançado pelo Banco do Brasil, em 1810.
A presença da família real em terras coloniais era um fato inusitado e acabou provocando muitas transformações no Brasil. Em 10 de setembro de 1808, por exemplo, começou a circular o primeiro jornal editado no Brasil. Era a Gazeta do Rio de Janeiro, impresso na tipografia da Imprensa Régia. Com apenas quatro páginas, a publicação se limitava a divulgar notícias oficiais e de interesse da família real. Mas a partir daí surgiram tipografias em diversas regiões do país e outros jornais passaram a ser publicados.
Mais significativa, no entanto, foi a publicação, entre 1808 e 1822, do Correio Brasiliense, editado em Londres por Hipólito José da Costa, um brasileiro que estudara na Universidade de Coimbra e se filiara ao movimento liberal. Trazido clandestinamente ao Brasil por comerciantes ingleses, o jornal de oposição ao governo joanino contribuiu para incluir na elite brasileira as idéias liberais que formaram a ideologia do movimento de independência.

Mudanças ocorridas
Algumas mudanças que ocorreram com a vinda da Família Real para o Brasil:
A fundação do Banco do Brasil, em 1808;
A criação da Imprensa Régia e a autorização para o funcionamento de tipografias e para a publicação de jornais também em 1808;
A abertura de algumas escolas, entre as quais duas de medicina – uma na Bahia e outra no Rio de Janeiro;
A instalação de uma fábrica de pólvora e de industrias de ferro em Minas Gerais e em São Paulo;
A vinda da ‘’Missão Artística Francesa’’, em 1816, e a fundação da Academia de Belas-Artes;
A mudança de denominação das unidades territoriais, que deixaram de se chamar ‘’capitanias’’ e passaram a denominar-se ‘’províncias’’ (1821); A criação da Biblioteca Real (1810), do Jardim Botânico (1811) o Museu Nacional. (1818)

Nao censurem...

Nois agora vamos mostrar alguns videos sobre a chegada da familia real no rio exibidos pela globo e que nois nao temos direito de imagem sobre eles para mostralos aqui..xDD
Obs. o resto ta la em baixo do blog..

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM759428-7823-A+CORTE+NO+BRASIL+ANOS+A+SAIDA,00.html

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM758941-7823-A+CORTE+NO+BRASIL+ANOS+A+ENCRUZILHADA,00.html

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM759899-7823-A+CORTE+NO+BRASIL+ANOS+A+TRAVESSIA,00.html